Quando não tratada corretamente, a perda auditiva pode levar ao desenvolvimento e agravamento de doenças psiquiátricas como a depressão.
Uma pesquisa realizada pelo The Gerontologist revelou que pessoas acima de 60 anos com perda auditiva são 47% mais propensas a ter um quadro depressivo. Para analisar essa conexão, pesquisadores da Austrália avaliaram dados de 35 estudos anteriores e um total de 147.148 participantes com, no mínimo, 60 anos de idade.
Um dos motivos mais evidentes apontados pelos pesquisadores para o início do quadro depressivo é o isolamento que a perda auditiva ocasiona. Quando a pessoa começa a sentir dificuldades para ouvir, a tendência é que ela se afaste do convívio da família e dos amigos, evitando lugares com muitos ruídos e levando uma vida mais solitária, sem interações sociais.
Além da depressão, pode haver também o risco de desenvolvimento de demência: estudos realizados pelo Journal of Gerontology: Medical Sciences mostram que, entre as pessoas com perda auditiva que não usam aparelhos, há 21% de aumento de risco desta doença.
Alguns outros fatores ligados ao desenvolvimento da depressão em pacientes com perda auditiva são:
– Baixa autoestima: por não escutar direito, o paciente não consegue realizar as suas atividades da mesma forma que antigamente, gerando um sentimento de inutilidade e baixa autoestima.
– Falta de apoio da família e amigos: o paciente pode se deparar com falta de paciência das pessoas ao tentar se comunicar e, por causa disso, desiste de tentar se esforçar para ser compreendido.
– Zumbido no ouvido: em casos de perda auditiva, muitas pessoas também experienciam o zumbido no ouvido. Esta condição pode ser debilitante e contribuir para o aumento de estresse.
– Desânimo: por conta da dificuldade de comunicação, a pessoa não sente mais prazer em sair de casa.
O diagnóstico precoce é essencial para que o quadro depressivo não se agrave. A família e amigos têm papel fundamental nessa etapa e precisam incentivar o paciente a procurar o tratamento correto e não ter vergonha de usar o aparelho auditivo.
O processo de adaptação aos aparelhos pode ser um pouco complicado no início, até que o cérebro se acostume com os estímulos. Mas, após isso, os resultados são sempre muito satisfatórios e a pessoa pode retornar às suas atividades normalmente. O acompanhamento psiquiátrico também pode ser necessário em algumas ocasiões.
Se você sofre com perda auditiva, quer recuperar a saúde auditiva e ter mais qualidade de vida, entre em contato conosco!